A primeira pergunta que os autores comentam é: Porque os Estados Unidos são tão ricos e nós não? A resposta americana do século XIX, era que eles tem um vocação dada por Deus , um caminho claro de êxito em função de serem o povo escolhido. Outra explicação seria que a colonização portuguesa e espanhola era de exploração, enquanto a americana era de povoamento.
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Uma explicação completamente falaciosa: No século XVII, a América espanhola já tinha universidades, bispados, produções literárias e artísticas de várias gerações, enquanto a costa inglesa da América do Norte era um amontoado de pequenas aldeias atacadas por índios e pela fome.
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Imaginar que para o Brasil só vieram ladrões e bandidos é tão falso, quanto acreditar que para os Estados Unidos foram somente puritanos.
Os autores abordam inúmeras questões para responder essa questão, a construção dos Estados Unidos como uma super-potência é fruto de inúmeros processos.
Os autores abordam no livro a vida cotidiana do Norte e do Sul, os negros e indígenas na sociedade, o racismo, o anti-catolicismo, o antissemitismo, etc. Após a Guerra de Independência e a Guerra da Secessão, os Estados Unidos tiveram que “inventar” uma nova nação.
Houve inúmeras guerras contra o México, que contribuíram para aumentar o território norte – americano. O interesse por assuntos externos, sempre esteve presente, pois os estadunidenses se viam como guardiães das instituições republicanas e democráticas.
Dessa forma, o livro percorre quatro séculos de história dos Estados Unidos, apresentando uma grande variedade de personagens que inclui ultra-conservadores, ativistas de esquerda, feministas, movimentos igualdade social e racial, libertários em geral e reacionários.
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Sem dúvida é uma terra de contrastes, onde temos um cinturão da Bíblia, do politicamente correto, mas também níveis alarmantes de uso de drogas e de violência sexual. Uma sociedade que acredita ser dividida entre winners e losers, baseada em uma noção de esforço pessoal. Quem perde é porque é incompetente e quem vence é o que tem mérito.
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Após a Segunda Guerra Mundial o demônio da vez foram os comunistas. Por ora, a figura do muçulmano é o diabo, que preenche a necessidade histórica de se construir um inimigo. Cada adversário ajudou a preencher a necessidade histórica permanente “do inimigo construído” e moldar a identidade norte-americana.
Outro ponto importante abordado na obra, é a questão do imigrante, que logo apagam sua origem e duvida do recém-chegado. Os suecos se horrorizavam com os irlandeses, italianos católicos torciam o nariz para os judeus russos, os latino-americanos ressuscitam os discursos sobre a identidade anglo-saxônica. Talvez, isso ajude a explicar a vitória do Trump nas eleições.
Dessa forma, para o bem e para o mal o destino do mundo está associado aos Estados Unidos. Compreender isso é importante para qualquer análise do nossa sociedade.
Recomendo a leitura desse livro para todos que querem compreender o mundo atual.
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Hino da República e a ideia dos americanos como o povo escolhido de Deus.